Recebi esse texto da minha amiga Fernanda Fock que possui um belo trabalho com a Shantala em Jaraguá do Sul - SC.
Esse vai para as mamães e os papais que sofrem junto com seus bebês quando eles estão com cólica.
Mãozinhas fechadas, pernas flexionadas em direção ao abdômen, rosto avermelhado, barriguinha endurecida e choro inconsolável. Os sinais das temidas cólicas dos bebês são inconfundíveis. Embora seja um problema tão antigo quanto a própria humanidade e se manifeste em pelo menos 80% das crianças nos três primeiros meses de vida, a ciência ainda não encontrou uma maneira de evitar ou prevenir esse desconforto. Pesquisadores da University of Texas-Huston Medical School, no entanto, podem ter achado pistas da origem do transtorno ao identificar um micro-organismo que provavelmente é o responsável pelo sofrimento dos recém-nascidos.
A vilã, conhecida como bactéria Klebsiella, pode provocar uma reação inflamatória que compromete o intestino. Segundo J. Mark Rhoads, professor de pediatria que coordenou o estudo, a Klebsiella geralmente coloniza esse órgão em indivíduos maduros sem causar transtornos. “Isso porque pelo menos outros 300 tipos de bactérias estão presentes no intestino de um adulto. Elas compensam e até agem como anti-inflamatório, evitando que a Klebsiella cause maiores danos, o que não ocorre com os bebês. Neles, a diversidade de bactérias é reduzida e a Klebsiella pode ser mais danosa”, explica Rhoads.
Os recém-nascidos que participaram da pesquisa foram alimentados com leite materno e/ou em pó. “Também constatamos que o intestino dos bebês que não tinham cólicas era habitado por uma variedade maior de bactérias, o que reforça a nossa suspeita inicial”, diz o médico americano.
O estudo será levado adiante para que os cientistas possam examinar mais detalhadamente a Klebsiella e avaliar o desenvolvimento de um probiótico, suplemento produzido com bactérias boas para controlar a inflamação do intestino. Enquanto isso, as mães e cuidadoras se valem de algumas técnicas para amenizar a dor sofrida pelos pequenos.
A pediatra Vera Lúcia Bezerra é categórica. “As cólicas em bebês são comuns. As crianças que não passam ou passaram pelo problema são exceções muito privilegiadas”, observa. A médica explica que o transtorno geralmente aparece após o 15º dia de vida devido a imaturidade do trato gastrointestinal e que a criança que se alimenta apenas do leite materno tem menos cólica. “É importante aquecer bem os pezinhos e as mãozinhas, fazer exercícios com as pernas para facilitar a eliminação de gases e acomodar o bebê para que ele se sinta seguro e mais confortável”, ensina.
A Shantala é uma massagem terapêutica que, entre outros benefícios, ajuda na liberação de gases do bebê.
O pediatra Renato Cavalcante diz que é importante considerar que a ocorrência ou não da cólica está ligada ao organismo de cada bebê. “Tenho casos de gêmeos em que um sofre com cólicas, enquanto o outro não sente nada. Eles se alimentam da mesma forma, passam pelos mesmos cuidados. Existem teorias que tentam explicar, mas nada foi comprovado sobre esse desconforto.” O médico alerta que é fundamental estar atento ao diagnóstico diferenciado.
Quem amamenta deve cuidar da própria alimentação, evitando produtos gordurosos, condimentados, leite de vaca e derivados. “O bebê não deve mamar deitado e sempre ser estimulado a arrotar. Bolsas de água morna são excelentes para amenizar as cólicas. Não recomendamos chazinhos e os fitoterápicos, como a funchicória, devem ser oferecidos com parcimônia. Sempre recomendo a Shantala para as mamães também”, diz Cavalcante.
A Shantala pode ser feita a partir do 30º dia de vida da criança. Trata-se de uma massagem terapêutica para bebês que auxilia na liberação dos gases e aquece a região trabalhada, o que contribui para minimizar a dor.
O que fazer
- Procure poupar a criança de locais estressantes e tumultuados.
- Não há qualquer comprovação científica de que os chás tenham eficácia no combate às cólicas. Eles não são recomendados.
- As massagens e o uso de bolsa de água quente funcionam muito bem e a ginástica de esticar e encolher as perninhas favorece a eliminação dos gases.
- Mudar o bebê de posição também pode ajudar. Na hora da cólica, os bebês costumam sentir mais conforto quando carregados de barriga para baixo.
- Colocar a criança para arrotar também pode ajudar a amenizar o desconforto
- É importante para os pais terem consciência de que o choro do bebê é um recurso de comunicação, e não um problema.
- É preciso ter calma para que o bebê se sinta seguro.