Lendo a coluna do psicanalista Alberto Goldin no caderno de domingo do jornal "O Globo" (10/07/2011), achei interessante o que ele falou sobre frustração. Compartilho com vocês:
"Uma pessoa frustrada na sua vida afetiva ou profissional não pode ser generosa e, para aliviar a decepção, terceiriza seu mal-estar, produzindo infelicidade ao seu redor. Trata-se de uma atitude humana perfeitamente compreensível e, argumentado a seu favor, preciso esclarecer que nem sempre a frustração é um saber consciente e reconhecido pelo seu protagonista que, ignorando-o, o considera injusto e ofensivo. Por isso, quanto menor a consciência, maior a agressividade. Seus motivos são diversos: seria por decepção, sentimento de injustiça, por acreditar que casou com a pessoa errada, sentir sua vida pouco glamourosa, ser menos rica ou bonita, ou talvez menos reconhecida do que, idealmente, mereceria. Ou seja, é de alguma forma, maltratada pelo destino. Como resultado de uma existência na contramão, a pessoa se lamenta agressivamente pelo que lhe falta, sem valorizar o que tem. O paradoxo infeliz é que o protesto agressivo é um crime que não compensa e, ao contrário, aprofunda o mal-estar, sem resolvê-lo. Este panorama desolador tem solução, mesmo que seja difícil de implementar. Para reverter este quadro, é necessário dispor e mobilizar grandes doses de humildade, palavra-chave que sintetiza inteligência e sabedoria.
Passar de perseguido a tolerante supõe uma mudança tão radical que só pode ser alcançada em condições extremas: tragédias, separações, doenças, acidentes. Poucos visionários modificam espontaneamente suas atitudes. São pessoas com suficiente talento para frear antes de cair no abismo, destino obrigatório daqueles que, com ou sem razão, maltratam gratuitamente seus companheiros".
Interessante para refletirmos!!!
Até a próxima...
"Uma pessoa frustrada na sua vida afetiva ou profissional não pode ser generosa e, para aliviar a decepção, terceiriza seu mal-estar, produzindo infelicidade ao seu redor. Trata-se de uma atitude humana perfeitamente compreensível e, argumentado a seu favor, preciso esclarecer que nem sempre a frustração é um saber consciente e reconhecido pelo seu protagonista que, ignorando-o, o considera injusto e ofensivo. Por isso, quanto menor a consciência, maior a agressividade. Seus motivos são diversos: seria por decepção, sentimento de injustiça, por acreditar que casou com a pessoa errada, sentir sua vida pouco glamourosa, ser menos rica ou bonita, ou talvez menos reconhecida do que, idealmente, mereceria. Ou seja, é de alguma forma, maltratada pelo destino. Como resultado de uma existência na contramão, a pessoa se lamenta agressivamente pelo que lhe falta, sem valorizar o que tem. O paradoxo infeliz é que o protesto agressivo é um crime que não compensa e, ao contrário, aprofunda o mal-estar, sem resolvê-lo. Este panorama desolador tem solução, mesmo que seja difícil de implementar. Para reverter este quadro, é necessário dispor e mobilizar grandes doses de humildade, palavra-chave que sintetiza inteligência e sabedoria.
Passar de perseguido a tolerante supõe uma mudança tão radical que só pode ser alcançada em condições extremas: tragédias, separações, doenças, acidentes. Poucos visionários modificam espontaneamente suas atitudes. São pessoas com suficiente talento para frear antes de cair no abismo, destino obrigatório daqueles que, com ou sem razão, maltratam gratuitamente seus companheiros".
Interessante para refletirmos!!!
Até a próxima...