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domingo, 18 de outubro de 2009

Simplicidade e autoconhecimento


O autoconhecimento pode ser definido como conhecimento de si próprio; alguns filósofos , como Platão, diziam que o autoconhecimento é uma conquista ou realização para se adquirir saúde e liberdade.
Realmente a solução para muitos dos nossos problemas pode ser encontrada através do autoconhecimento: apenas nós mesmos podemos saber o que queremos fazer de nossas vidas, basta termos tempo para nos observarmos e escutarmos nosso corpo e nosso coração.
Ultimamente, porém, vivemos focados em um mundo externo, que por sua vez exige uma altíssima produção no trabalho, uma grande preocupação com a aparência física, ou seja, um mundo que precisamos ter e parecer. E em que lugar fica o nosso ser??? Ah, o ser sempre acaba ficando para depois... primeiro precisamos arrumar um bom emprego, comprar uma bela casa, o carro do ano, precisamos ser modelos de capas de revista para achar o parceiro (a) ideal... são tantas as tarefas... que podem favorecer o cansaço, o estresse emocional, anisedade e por fim as somatizações no nosso organismo.
Mas se olhássemos mais para as nossas verdadeiras necessidades, poderíamos perceber que não precisamos de muito para sermos felizes... recomendo que comecemos a focar em coisas mais simples: em ajudar alguém com dificuldades (caridade não apenas material, mas principalmente moral), em dar gargalhadas com as pessoas que amamos (ou por que não dividir nossas lágrimas também?), em um abraço, em um beijo, em um sorriso, em um passeio pela natureza, em comer brigadeiro na colher, em ouvir uma música que realmente gostamos, em cantar... enfim, em descobrir que não precisamos de muita coisa material para nos sentirmos realizados.

Para finalizar, um texto da escritora Martha Medeiros sobre autoconhecimento:

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.

Ela sabe.

Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.

Ele sabe.

Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.

Sabemos, sim.

Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.

Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.

A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.

Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz. E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!

Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.

Sabe.

Eu não sei por que sou assim.

Sabe.


sábado, 10 de outubro de 2009

As propriedades medicinais do gengibre!


Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.

Natural da Ásia e cultivado em climas tropicais, o gengibre era considerado pelos sábios chineses como um alimento espiritual, capaz de ligar o homem comum aos deuses. Uma das primeiras especiarias a chegar ao Ocidente, foi usado há milhares de anos na China e Índia por suas notáveis propriedades medicinais para combater pragas e infestações. Seus odor era espalhado nos ambientes por meio de umas bolotas impregnadas com a substância aromática. Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosses, resfriados, dores de garganta, cólicas menstruais, enjoos, náuseas e má circulação sanguínea. Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores musculares, de cabeça e na coluna.

O gengibre já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por suas propriedades terapêuticas digestivas, sendo utilizado, inclusive, para ajudar na digestão de alimentos gordurosos.

O uso do chá de gengibre, do gengibre cru ou cristalizado pode ser contra indicado em casos de irritação da mucosa da boca e em outras membranas mucosas. No Japão, massagens com o óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas na coluna e nas articulações.

O gengibre pode ser muito utilizado na culinária como condimento. Ele possui um sabor picante, e pode ser colocado tanto em pratos salgados como em pratos quentes.

A seguir, um exemplo de como se utilizar o gengibre na culinária:

Bolo de gengibre e noz - moscada

Ingredientes: 1 colher (sopa) de gengibre moído, 1 colher (chá) de noz - moscada ralada, 250 gramas de manteiga, 250 gramas de açúcar mascavo, 375 gramas de farinha de trigo, 2 colheres (chá) de bicarbonato, 1 ovo batido, 300 ml de leite.

Modo de preparar: Derreta a manteigae o açúcar. Deixe esfriar um pouco. Peneire os outros ingredientes secos numa vasilha, junte o ovo, o leite e adicione à mistura de manteiga e açúcar, batendo bem. Despeje em uma forma untada e asse a 170 graus por cerca de 1 hora e meia. Desenforme e deixe esfriar.

Fonte:
CORAZZA, S. Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros. 2 ed. São Paulo: Senac, 2004.

sábado, 3 de outubro de 2009

BEM ESTAR E QUALIDADE DE VIDA: uma nova visão de saúde


O conceito de saúde formulado em 1948 pela OMS (Organização Mundial de Saúde) funciona como referência internacional, e diz que:

“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença”.

Assim, podemos compreender facilmente o que é uma pessoa doente tomando como referência o ponto de vista biológico, no entanto, essa mesma pessoa pode estar perfeitamente integrada a seu grupo de relações pessoais e inserida nos processos de produção, sendo, do ponto de vista social, uma pessoa considerada saudável mesmo com comprometimento físico. E vice-versa: uma pessoa perfeitamente saudável, do ponto de vista biológico, pode apresentar problemas de relacionamento, por exemplo, isolar-se, não sendo completamente saudável.

Conforme Leloup (1998) a leitura de nosso corpo é uma leitura infinita. Quando interpretamos o Livro do Corpo, podemos fazer uma leitura que nos mate. Vamos a um médico e saímos de lá com uma doença que não tínhamos antes. Por isso, o diagnóstico é tão importante, pois é uma informação que se imprime no corpo. Daí a importância de propor a um doente, a alguém que sofre, interpretações diferentes de seus sintomas. Não aprisioná-lo em seus sintomas. Dizer-lhe a verdade. Dizer-lhe, por exemplo, que ele tem os sintomas de uma depressão, mas que não é somente um depressivo. Ele é uma pessoa que precisa enfrentar esta doença. E que pode fazer desta doença uma ocasião de consciência, de transformação.

Se saúde não é apenas ausência de doença, quais são as outras características que nos permite concluir que um indivíduo doente seja saudável de fato? Podemos destacar como principais:

- Alimentação adequada,

- Prática de exercícios físicos regularmente;

- Relaxamento, dedicar parte do tempo ao lazer, a fazer o que dá prazer;

- Sono: média de 8 horas/dia;

- Emoções, sentimentos e pensamentos cultivados de forma positiva;

- Relacionamentos sociais e pessoais estáveis.

Para indicar esse tipo de saúde de alto nível, representando mais que a ausência de doença começou a ser utilizado o termo “bem estar”. O conceito de “bem estar” é baseado na noção de que as escolhas do estilo de vida que as pessoas fazem ao longo dos anos têm importante impacto na sua qualidade de vida.

Apesar da expressão “qualidade de vida” não possuir uma definição única, podemos dizer que implica nas noções de saúde determinada por uma sociedade, o que torna uma pessoa saudável, ou não.

Logo saúde, bem-estar e qualidade de vida estão intimamente interligados.

E é dentro dessa visão nova de saúde que surgem as práticas naturais, ou seja, terapias que utilizam os recursos da natureza a fim de promover bem-estar e qualidade de vida, pois quem nunca ouviu falar que tomar um chá, um banho quente ou fazer uma caminhada ao amanhecer pode ajudar na saúde?

A aplicação de fitoterapia, aromas, óleos, florais, massagem terapêutica, cores, alimentos orgânicos e outras práticas naturais proporcionam um revigoramento das funções orgânicas e energéticas. Harmoniza os aspectos mentais e emocionais, atuando na diminuição de tensões, gerando o equilíbrio natural. Estas são práticas comuns da Naturologia, uma ciência que tem por princípios básicos a preservação da saúde através da prevenção e tratamento de doenças.

Referências bibliográficas:


GERBER, R. Um guia prático de medicina vibracional. 10ed. São Paulo: Cultrix, 2000.


LELOUP, J.-Y. O corpo e seus símbolos. Petrópolis: Vozes, 1998.